domingo, 14 de setembro de 2014

O AMOR EM SILÊNCIO


O Amor em Silêncio


 Do velho e bom aforismo
Brotou um certo poema,
Não se sabe de suas 

Causas ou consequências, 
Sabe-se, porém,
Da sua gama lírica, 
Multiplicando atos 
Ora despidos em devaneios 
Quase obtusos, 
Ora desnudos em lamentos 
Quase oratórios,
Onde na verdade valsa-se, 
Valsa-se em luzes, etéreas!

Nos céus 
Em quarto minguante, 
Quase um pingente solitário, 
Flutua o mais belo dos satélites 
Inspirando,
Testemunhando 
A ilusão, 
O sonho, pois 
Não só das letras 
És o salva guarda!

Em cada olhar uma natividade
Como ondas beijando a praia, 
Como lágrimas beijando a face, 
Instigada ao verbo 
Não conjugado, mas sentido
Em versos insinuantes, 
Em avessos insanos, 
Em palavras somente decifradas
Pelo amor em silêncio!

Auber Fioravante Júnior

Porto Alegre - RS