Como te sinto…
Já não é o Chiado d’outrora
Aquele que eu bem conheci
Mas no reboliço alguém chora
Neste Setembro como eu a vi
Deito-lhe ao ombro a minha mão
Transmito-lhe assim alguma paz
É um diamante repleto de paixão
Que num corpo felino ali jaz
Extravasa uma doçura diferente
Daquela a que elas me habituaram
E na sua candura tem sempre presente
Aquele rio que os marinheiros amaram
São gestos estudados ao pormenor
Sobre o manto da esperança contida
Em palavras e gestos dá o seu amor
Àquele que para sempre é a sua vida
Amanhece assim o seu ser
Numa tarde encoberta pelo Sol
Olho-a e sinto um grande prazer
E sua roupa ao se abrir fica em fole.
Armindo Loureiro