FAÇO-ME
Faço-me
de estátuas,
de caminhos,
de pedras
mastigo-as
de forma
a
não perder
a força que perco
na voracidade
dos dias
cerco-me delas
para erguer muros
de resistencia
na avalanche
dos
rios de lama
e lava
que deixas
à passagem
tortuosa
escondo,
no
outono da
vida
o amor feito
inverno
nas estátuas,
nos caminhos,
nas pedras...
de
que me
faço...
rosamar