ENQUANTO SABE A SAL
O (A)MAR
Mergulhar pelo teu olhar
É (a)mar ao fundo do mar…
Sabes-me a sereia… Te navego pel’alma
Ao sal que se beija ao corpo, na calma
Azul repassa o vento do nosso olhar.
Azul repassa o vento do nosso olhar.
Mergulhamos pela onda que abre o universo…
Delírios prazíveis por inventar
Saciam os nossos corpos suados no imerso
E marulhado cálice que solta os gritos do (a)mar.
Vozes silentes… almas quão gritantes
Vozes silentes… almas quão gritantes
Deslizam vulcanizadas pelas nossas ‘barbatanas’,
Ao ritmo alvoraçado de viscosas algas
Copulam-se nas ‘guelras’ excitantes.
As baladas que ecoam pelo fundo do mar-
O nosso desvairado amor carnal
Que esguicha labaredas d’ azul colossal
Enquanto sabe a sal o (a)mar.
® RÓ MAR