sábado, 13 de setembro de 2014

ESTRELA DA MANHÃ


ESTRELA DA MANHÃ


O brilho invade o vazio, prelúdio do amanhecer,
a iluminar a arena dessa deusa da beleza!
Vênus, estrela d’álva, dança ao florescer,
a brotar em badalar raro, retratando a natureza...

No céu noturno apoteótica, majestade além da lua,
com vestido de luz brilha, antes do sol lhe tolher!
Tão forte que produz sombras vistas da terra nua,
intensa e gloriosa impera, nos delírios de cada “ser”!

Brilha depois do acaso, no marcante adeus do dia,
telúrico dos oceanos perdidos, luz divina dos amados,
Magnitude, mistério da luz de Ashen, afasia,
paisagens, ruas desertas, espelhos empoeirados!

Na ausência da chuva dos sonhos, ventos giram loucamente,
nesta secura de afagos, em altas temperaturas,
em seu momento de inércia de um amor improcedente,
só a brilhar, a brilhar com seus ventos de loucura.

Elair Cabral