SILÊNCIO DO SER
Um sopro horripilante
zunindo como almas em conflito.
Vozes do além,
fluindo de crateras
do tempo mal resolvido.
Espectros sonoros gritavam
em crescente súplica até
o despencar das forças aterrorizantes,
que em declínio de sons, deram lugar
ao vácuo de sentimentos,
ao nada de vida
ao silêncio do “ser”...
Ouviu-se, apenas o
som de passos se afastando
sobre as folhas secas,
desidratadas pelo sol do outono...
Elair Cabral