quarta-feira, 13 de agosto de 2014

REFÚGIO


REFÚGIO


Arquétipo dos espaços de refúgios imaginários
Sou uma ilha adequando-me aos movimentos
A buscar com loucura o efêmero eldorado
A desvendar equações marítimas, lamentos.

Sepultando quimeras caio em desventuras,
Pelas geleiras esquiando a dor que me devora,
Relendo meus escritos em páginas frias e nuas
Nada gravado restou, apenas rastros de outrora.

Busco no cosmos a pauta feliz que me inspire
Constelações poéticas que eu mesma admire
Um farol para iluminar e guiar meu coração.

Flutuar nas ondas desse mar encantador
Tremer com o beijo louco reverenciar o amor
Dançar nas ondas do vento embalada na emoção.

Elair Cabral