quarta-feira, 13 de agosto de 2014

AMANHECI UM TANTO OU QUANTO ASSIM!


Imagem – Yulii - Voyage au coeur de l'Art - Travel to the heart of the Art


AMANHECI 

UM TANTO OU QUANTO ASSIM!


Amanheci pelo pleno de certo desejo,
Colher divos frutos da natureza.
Manhã de labaredas pelo bosque é
Um fogo que há em mim, amoras que beijo.

Esfinge interplanetária de quantas quimeras!
Inspira o céu, elevando-o, transmuta-o e silencia
A fugaz labareda pelo fruto que almejo,
Sinto um universo e tantas primaveras.

Amanheci pelo alívio de um amor maior,
Que não se vê e sente-se, tanto que é!
Refresca a efusiva manhã pelo magno olor de flor
Que perfuma o meu ser e irradia alegria.

Árvore de sabor majestoso que tanto produz,
Letra tão melodiosa que soletra o caminho
Que ensaio e ensina ao dia o quanto sonho!
Que sou parte da natureza e isso tanto seduz.

Amanheci ao sabor de qualquer coisa
Que não se vê e sente-se, tanto que é!
Invade-me a alma e eleva o coração,
Até onde, não sei!? Sei que é única emoção.

Algo de estranho e tão pleno e concreto.
Não tem asas e voa ao jardim secreto,
Dá o fruto tão proibido e apazigua a febril estação
Pelo airoso vento que planta outro ser e tanta coisa.

Amanheci um tanto ou quanto assim!
Não te sei explicar, sei que apetece amar
Tudo o que me rodeia e pressagia
Que a natureza é princesa e sou sua escrava, enfim…

Aia de um salão imenso de única riqueza
E que ouso transplantá-lo ao meu universo
Contemplando-o até o dia ser e o luar findar!
Degusto (me) mimando a sua perene seiva e vivo verso.

Amanheci assim! E, que coisa tão bela
Que me deixa voar pela nobre janela!
Que traz paz pelo silêncio que alivia a tristeza
E dá tonalidade à vida, breve aguarela.

® RÓ MAR