sábado, 30 de agosto de 2014

MOLDURA


MOLDURA


Eu emoldurei teu rosto, meu amado
numa concha que encontrei a beira mar...
As sereias deslumbradas com teu quadro, 
em ondas mansas – lindas- a te chamar.

Em meus caminhos tua imagem luz será
Teu semblante eternizou meu ledo amor,
em doce aprisco tua ausência brilhará
na moldura que busquei com tanto ardor.

E assim, no amarelado dos meus versos,
certamente não terei o teu regresso,
e só me resta tua imagem para olhar...

Este sim será meu leito de saudade,
mil poemas não dirão nem a metade
do fascinante e meigo sonho de te amar.

Elair Cabral