sexta-feira, 22 de agosto de 2014

SEREI POETA?


Serei poeta?


Será que o saberei ser
Ou apenas sou um aldrabão
Aqui só vos posso dizer
Que o que escrevo é com paixão
Se minha escrita tem beleza
É coisa que eu não sei
Apenas sei que na minha natureza

Há uns genes que eu amei
Meu falecido pai era poeta
Um Poeta Popular
Na poesia dava-lhe a métrica
Que eu aqui não sei usar
Costumava-lhe dizer
Que escrevia a metro
Era assim, podem crer
E no fim estava tudo certo
A mim só me importava
Saber se tinha leitores
Sabê-lo eu adorava
Era assim ó meus amores
Hoje continuo a escrever
Sem ter meu pai a meu lado
Para de vez em quando me dizer
Ó rapaz, este não é o teu Fado
Tanto eu gostaria
Que isso acontecesse
Teria mais alegria
Se a poesia à dele se parecesse
Sei que ele escrevia tão bem
E tenho até os resultados
Na poesia ele era alguém
Que nela perdia os seus bocados
Perdia ou encontrava
Isso, só ele o poderia dizer
Por aquilo que ele falava
Na poesia sentia prazer…

Armindo Loureiro