domingo, 24 de agosto de 2014

SAUDADE


SAUDADE


Não te chamei, porque me persegues?
Será que não entendes, ou não consegues
Sabes que a palavra saudade vive comigo
Não a tornes num castigo vê se percebes.

Mas já falei de ti tantas, e vezes tantas
Que nem sei quem procura quem,
Se sou eu que, de me lembrar te levantas,
Saudades de quem se perde, quem não tem?

Quem sabe apenas sou eu a culpada
Por ti, nunca me senti abandonada
Oh saudade! liberta-me desse fadário

Todos os dias, me sinto por ti perseguida,
Estou condenada! para o resto da vida,
Saudade que do meu peito, fizeste um calvário.

Joana Rodrigues